quinta-feira, 3 de junho de 2010

QUADRO MEGACIDADE DO FANTASTICO - PARTE II

O Fantátistico vem divulgando a beleza das megacidade através desse quadro no programa, conheceremos aqui as quatro útimas cidades que foram mostradas no quadro, escolha a sua para conhecer.

SÃO PAULO

                “Para mim, como escritor, como novelista, São Paulo é inesgotável. Você tem o árabe, você tem o judeu, você tem o japonês, você tem o chinês, você tem o coreano, não só na comida, mas a cultura de todos eles está ali”, elogia Silvio de Abreu.
                Silvio de Abreu - um dos novelistas que melhor usa São Paulo como inspiração para o que escreve - traduz bem essa mistura que faz de São Paulo uma megacidade.
               Michelle é novata na cidade. A americana chegou de Nova York há apenas três meses, mas já se sente em casa. Para ela, assim como Nova York, São Paulo é uma cidade que nunca dorme. A noite parece até mais animada que o dia.
               “O centro velho e o centro novo têm a melhor rede de infraestrutura da cidade. Têm 13 estações de metrô, um luxo em uma cidade que quase não tem. Hoje tem capacidade de absorver muito mais gente do que está lá hoje morando.Uma pessoa tendo que morar em uma periferia distante da cidade, e ela pagaria basicamente a mesma coisa para morar por mês, para morar no barraco de favela lá na Favela do Socorro, na Zona Sul, do que um apartamento no centro novo de São Paulo, pequeno”, avalia.



NOVA YORK

     “É uma relação que tem um pouco de tudo. É tipo da sua amante. Você adora passar um tempo com ela, quando você está com ela você está se divertindo, mas aí você se dá conta de que você não quer viver com ela o tempo todo porque ela é boa para certas coisas, mas para outras ela é meio problemática. Nova York é a mesma coisa”, explica a jornalista Fernanda Santos.

     Já reparou como Nova York está presente no nosso cotidiano? No noticiário, nas referências culturais, nas lembranças de quem já a visitou, nos sonhos de quem quer conhecê-la um dia. Tanto que a gente se esquece de pensar nela como uma megacidade de 19 milhões de habitantes.

    A estação de metrô da Broadway com a Rua 42 é talvez a mais iluminada de toda a cidade, mas ela é tão importante quanto as outras 450 estações para fazer a cidade circular. São mais de seis mil vagões que transportam, em um dia de semana, mais de cinco milhões de pessoas.
 
 
CAIRO


     Um dos maiores monumentos da história, um orgulho mundial, são as pirâmides. E bem na frente, a cidade avança.
      Bem ao lado de Manshiet Nasser, fica o Mosteiro de São Simão, um templo cristão, mas não como os católicos que conhecemos. No Egito, o cristianismo é copta. Além do impressionante espaço de orações cavado na pedra, o mosteiro tem sete pequenas igrejas espalhadas. É nesse local que Hanny e a comunidade zabaleen vêm procurar um conforto espiritual para equilibrar sua dura rotina.
     O Cairo é assim”, resume o escritor Sonallah Ibrahim. “Por todo lado, você se depara com algo que remete à cultura e história. Nessa cidade complicada, às vezes, eu tenho a impressão de estar em uma garrafa enorme cheia de gente, um lugar quase impossível de viver. Mas ao mesmo tempo nunca me imaginaria em outro lugar”.



TOKIO

     Não é à toa que vários filmes de ficção científica já vieram buscar inspiração nas ruas movimentadas de Tóquio. As calçadas estão sempre lotadas de gente e quanto mais olhar para cima, maior a desorientação por causa de tantas luzes, anúncios, letreiros e outdoors.


     Mas será que toda megacidade precisa crescer de maneira frenética e desordenada? Talvez não. Em Tóquio, nós encontramos um bairro que luta para andar exatamente na direção contrária: Shimokitazawa. Parece até um vilarejo japonês: as ruas são pequenas. A maioria das construções são antigas e os comerciantes estão por lá há décadas. Os trens que cortam o bairro são as únicas presenças mais urbanas, mas nada que perturbe o ritmo tranquilo de Shimokitazawa.

    “Nós gostamos dessas vizinhanças aconchegantes. Brincamos que Tóquio é como uma pizza de salame. Os bairros mais charmosos estão espalhados, e não concentrados num só lugar como em outras cidades do mundo”, conta o arquiteto Masami Kobayashi

     Todo esse respeito, até porque pode ser que a pessoa ao seu lado no metrô talvez esteja concentrada em uma leitura alternativa. Para ler um dos romances mais comentados em Tóquio recentemente, tudo que você precisava era de um telefone celular. E o autor é Keipu Endo. Por que ele resolveu escrever nesse formato, e não em um livro tradicional?

    As pessoas passam tempo demais no transporte, muita gente usa o telefone para surfar na internet. Como hoje no Japão os jovens quase já não compram livros, os autores tiveram de se adaptar. E assim surgiu essa moda de publicar e ler romances pelo celular”, diz o escritor Keipu Endo.







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