quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Prefeitura de São Paulo e SPTuris lançam o Censo do Samba Paulistano

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e o presidente da SPTuris (São Paulo Turismo), Caio Luiz de Carvalho, apresentaram na última terça-feira o Censo do Samba Paulistano. A iniciativa inédita é resultado de uma pesquisa com as 95 agremiações que participam do Carnaval de São Paulo. Dentre os itens, o diagnóstico traz dados importantes sobre a divisão das escolas, investimento financeiro, situação das quadras e barracões, projetos sociais desenvolvidos pelas escolas e perfil do público que vai ao Sambódromo.
Durante a cerimônia, Kassab falou sobre a importância do projeto. "Este censo traz dados não só sobre a geografia das escolas, onde elas estão localizadas, mas também reúne informações sobre sua relação com a economia da cidade. Ele poderá ser atualizado de tempos em tempos para que possamos medir os avanços do Carnaval em São Paulo. Além disso, temos a boa notícia do início das obras da Fábrica do Samba que, em breve, estará pronta para abrigar as escolas, trazer mais segurança e conforto", destacou Kassab. A previsão de término das obras na Fábrica do Samba é setembro de 2012.

O Censo do Samba é um projeto pioneiro do Observatório do Turismo da Cidade de São Paulo, núcleo de estudos e pesquisas da SPTuris, que traça um panorama sociocultural e sobre a movimentação financeira que a festa provoca na cidade. Nas 70 folhas do documento é possível encontrar informações das escolas, resultados dos últimos carnavais, investimento de cada agremiação e também índices do turismo. O censo será anual.

O levantamento sobre o perfil do público apontou que, entre 2005 e 2010, a média de gastos realizada pelos visitantes durante o período do Carnaval foi de R$ 1.300 e as principais fontes de consumo foram compras (37%), lazer (20%) e hospedagem (15%). "Estamos entregando algo inédito na cidade e isso é importante porque pode balizar a própria Prefeitura a ajudar o samba de São Paulo. É um raio X dos segmentos das escolas de samba e blocos e também do turismo. Os turistas aumentam ano a ano no Carnaval, vem gente até de outros países. Este ano esperamos cerca de 35 mil turistas, e o impacto econômico deverá ser de quase R$ 90 milhões", informou Caio Luiz de Carvalho, presidente da SPTuris.

A coleta de dados foi realizada a partir de um formulário online que foi respondido pelas 95 agremiações carnavalescas de São Paulo dividas em nove categorias: Grupo Especial, Grupo de Acesso, Grupos 1,2,3,4, Blocos Especiais, Blocos de Pré-carnaval e bandas. No total foram contabilizados 107 mil integrantes de escolas e blocos, sendo 49.600 pessoas pertencentes ao Grupo Especial formado por 14 escolas.

O estudo apontou ainda que o Carnaval gera mais de 4,3 mil empregos na cidade e que na zona Norte, em 2006, 39,9% dos contratados trabalhavam apenas para as escolas de samba. Ou seja, tinham nas agremiações sua única fonte de renda. "O censo vem completar o profissionalismo do samba do Carnaval de São Paulo", completou Paulo Sérgio Ferreira, presidente da Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo.

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