domingo, 13 de março de 2011

Brasil cai OITO posições, é o 52 país na classificação mundial do turismo

Bem gostaríamos que fosse diferente. E que pudesse valer comemoração maior, com mais otimismo. Porém... A partir de agora, o cenário de buscar explicações terá que ser ampliado, pois esta informação atinge o alcance global do turismo brasileiro justamente no momento em que tem uma de suas mais atrativas movimentações. Em pleno Carnaval, o país fica sabendo que, em 52o lugar, perdeu oito posições no ranking mundial de competitividade, mesmo continuando com os mesmos pontos de 2009.

Foram avaliados 139 países. Os dez melhores classificados, pela ordem, foram: Suíça, Alemanha, França, Áustria, Suécia, Grã-Bretanha, Estados Unidos, Canadá, Espanha e Cingapura.

A pontuação brasileira, que alcançou 4,36 em uma escala de um a sete, foi praticamente a mesma do ano de 2009 (4,35), no ranking anterior mais recente, e o Brasil ficou no 45o lugar, entre 133 países.

Desta vez, embora com tanta visibilidade – por força, inclusive, dos eventos programados para os próximos anos (Copa e Olimpíadas) que lhe conferem um status especialíssimo, o Brasil recebe um golpe até inesperado. Os dados do Fórum Econômico do Turismo Global indicam que o país foi ultrapassado por outros que obtiveram ganhos mais expressivos no setor turístico, como o México e Porto Rico.

No ranking das Américas o Brasil está em sétimo lugar. Fomos o de melhor pontuação entre os recursos naturais, com a fauna considerada a mais rica do mundo, e 23o. lugar nos recursos culturais, com muitos lugares considerados patrimônio da humanidade e os reforços da ênfase dada à sustentabilidade ambiental (29o. posto do ranking).

Até de forma surpreendente, o ítem segurança melhorou de forma considerável comparado com sua última avaliação, enquanto no panorama de transportes o rodoviário segue sob a condição de subdesenvolvido, com a qualidade de rodovias, portos e ferrovias necessitando de urgentes melhorias.

No relatório sobre o setor aéreo, o documento diz que “o Brasil continua a sofrer com a baixa competitividade de preços, atribuída em parte a altas taxas aeroportuárias e sobre os bilhetes aéreos, e o nível fiscal em geral. Além disso, o ambiente de ngócios não´é propício para o desenvolvimento do setor, com regras restritivas para os investimentos externos, os longos prazos para abrir uma empresa e requerimentos de certa maneira restritivos à abertura de negócios no setor de turismo."

Fato é que o desempenho brasileiro poderia (e deveria) ser melhor. Considerando todos os itens, indicativos e possibilidades, continuamos bem aquém de um posicionamento efetivo diante de um setor que responde por 9,2% do PIB global e 4,8% das exportações do planeta.

Antonio Euryco

FONTE: REPORTAGEM BRASILTURIS

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