domingo, 10 de janeiro de 2010

BELÉM 395 ANOS - PARTE II

CONTINUANDO, HOJE FALAREMOS SOBRE BELÉM NA BELLE ÉPOQUE, E AINDA SOBRE LUGARES DE LAZER E COMPRA EM BELÉM.

BELÉM BELLE ÉPOQUE "1870 - 1910": Na Era da Borracha ou Ciclo da Borracha, Belém vivenciou a Belle Époque, momentos de luxo e glamour. Belém e Manaus eram na época consideradas as cidades brasileiras das mais desenvolvidas e umas das mais prósperas do mundo, principalmente Belém, não só pela sua posição estratégica - quase no litoral -, mas também porque sediava um maior número de residências de seringalistas, casas bancárias e outras importantes instituições que Manaus. O apogeu foi entre 1890 e 1920, gozando de tecnologias que outras cidades do sul e sudeste do Brasil ainda não possuíam. A cidade possuía o Cinema Olympia (até hoje possui, sendo o cinema mais antigo do Brasil em funcionamento), considerado um dos mais luxuosos e modernos de seu tempo, inaugurado em 21 de abril de 1912 no auge do cinema mudo internacional. A cidade possui o famoso Teatro da Paz, considerado um dos mais belos do Brasil, inspirado no Teatro Scala, de Milão, o mercado do Ver-o-Peso, a maior feira livre da América Latina,o Palácio Antônio Lemos, o Colégio Gentil Bittencourt e Praça Batista Campos.

Pela mesma razão, foram atraídas nesse período levas de imigrantes estrangeiros como portugueses, chineses, franceses, japoneses, espanhóis e outros grupos menores, com o fim de desenvolverem a agricultura nas terras da Zona Bragantina.
A comarca da capital, com sede em Belém, envolvia além do seu município, os de Acará, Ourém e Guamá. Possuía quinze freguesias: a de Nossa Senhora da Graça da Sé, Sant'Ana da Campina, Santíssima Trindade e Nossa Senhora de Nazareth do Desterro, estas na capital. No interior as de São José do Acará, de São Francisco Xavier de Barcarena, de Nossa Senhora da Conceição de Benfica, de Sant'Ana de Bujaru, de Nossa Senhora do Ó do Mosqueiro, de Sant'Ana do Capim, de São Domingos da Boa Vista, de São João Batista do Conde, de São Miguel do Guamá, de Nossa Senhora da Piedade de Irituia e do Divino Espírito Santo de Ourém.
Observa-se que nessa época o indígena teve participação direta na economia local, por já está mais reservado nas áreas afastadas dos centros urbanos vivendo sua própria cultura, depois de ter enfrentado por muitas vezes os colonizadores em muitos conflitos.
Cresceu, em contrapartida, o comércio de escravos trazidos para os trabalhos gerais necessários e surgiu a figura do caboclo que já se desenvolvia com a miscigenação.

PONTOS TURÍTICOS QUE FORAM CONSTRUÍDOS NAQUELA ÉPOCA:

CINE OLYMPIA: Olympia de Belém é considerado o cinema mais antigo em funcionamento no País desde que se considere que sempre esteve no mesmo lugar e não parou as suas atividades por muito tempo.O Olímpia foi fundado no dia 24 de abril de 1912 pelos empresários Carlos Teixeira e Antonio Martins, donos do Grande Hotel (onde hoje está o Hilton Hotel) e do Palace Theatre (na mesma quadra). Eles queriam fazer do cinema um ponto “chique” para atrair os freqüentadores do Theatro da Paz e, obviamente, os hóspedes de seu hotel.


THEATRO DA PAZ: O Theatro Nossa Senhora da Paz, ou simplesmente Theatro da Paz, localiza-se na cidade de Belém, no estado do Pará, no Brasil, construído com recursos auferidos da exportação de látex, no Ciclo da Borracha. Atualmente é o maior teatro da Região Norte e um dos mais luxuosos do Brasil, com cerca de 130 anos de história é considerado um dos teatros-monumentos do país.Possui linhas neoclássicas e foi construído no período áureo da exploração da borracha na Amazônia. O seu nome foi sugerido pelo bispo D. Macedo Costa. Também foi ele quem lançou a pedra fundamental do edifício, em 3 de março de 1869.O teatro também sofreu alterações na sua fachada, após reformas. Por exemplo, foram reduzidas as quantidades de colunas na entrada central do teatro. Entretanto, suas linhas arquitetônicas gerais foram mantidas.O autor do projeto foi o engenheiro José Tibúrcio Pereira Magalhães, com pequenas alterações introduzidas pela repartição de Obras Públicas. Ficou pronto em 1874 mas, devido a denúncias contra os construtores, um inquérito foi aberto e o teatro só foi inaugurado após a sua conclusão.Com o drama de A. D’annery, As duas órfãs, no dia 16 de fevereiro de 1878, o Theatro da Paz foi aberto ao público, ao som da orquestra sinfônica do maestro Francisco Libânio Collas. O espetáculo foi organizado pela companhia de Vicente Pontes de Oliveira. O contrato durou cinco anos e fez de Vicente Oliveira o encarregado pela iluminação, decoração, coreografia e acessórios de cena no teatro, além de organizador das apresentações que se seguiram.O Theatro da Paz, no dizer de Leandro Tocantins, "é um monumento neoclássico por excelência". Nas laterais, pátios cercados de colunas, escadas que dão acesso à Praça da República. Poltronas de palhinhas, (não de almofada), seguindo o formato de ferradura. No saguão, há dois bustos talhados em mármore de carrara: José de Alencar e Gonçalves Dias, introdutores do indianismo no Brasil. No salão nobre, ao lado de espelhos de cristal, estão os bustos dos maestros Carlos Gomes e Henrique Gurjão.Ali Carlos Gomes encenou sua mais famosa ópera, O Guarani, e a bailarina russa, Ana Pavlova, passou com suas sapatilhas. O decorador desse cenário privilegiado foi o italiano Domenico de Angelis que, posteriormente, decorou o Teatro Amazonas, de Manaus. Ele foi também o autor do belo painel representando os deuses gregos, Apolo e Diana, no cenário amazônico que fica no teto da sala de espetáculos. Dele também era o teto de jover, perdido por causa de uma infiltração. Esse teto foi repintado em 1960 por outro artista italiano, Armando Baloni.Em 1904, durante o governo de Augusto Montenegro, quatro bustos representando a música, a poesia, a comédia e a tragédia passaram a fazer parte desse cenário. Durante a Ciclo da Borracha, as mais famosas companhias líricas se apresentaram ali. O teatro viveu momentos inesquecíveis porém, com o declínio da borracha, o Theatro da Paz passou por maus momentos. Sem apresentações, estava quase sempre fechado, e as restaurações não eram suficientes para lhe garantir um bom funcionamento.

PALACIO ANTÔNIO LEMOS: Construído no período de 1868 a 1883 para ser o Palácio Municipal, o Palácio Antônio Lemos é mais uma obra do arquiteto Antônio Landi. Lembra a arquitetura do Palácio Imperial de Petrópolis, no Rio de Janeiro, com suas formas neoclássicas. Sede do governo municipal, possui um acervo composto por obras de artes visuais e objetos de interior, dos quais se destacam coleções de pintura e desenho, escultura e um acervo eclético de móveis e adornos, na sua maioria exemplares do século XIX e princípios do século XX.São cerca de mil peças, sendo que as mais antigas datam do século XVIII. No andar inferior há um mini auditório, duas salas de exposições e uma biblioteca especializada em artes com um acervo de cerca de mil volumes. Há ainda um Quiosque Multimídia, onde o visitante tem acesso às informações sobre a história do prédio e ficha técnica completa de cada peça do acervo do museu. No andar superior estão três salões com belas esculturas e objetos de decoração, além de um grande auditório, cedido para a realização de eventos. O Palácio Antônio Lemos levou cerca de 15 anos para ser construído.
Endereço: Praça D. Pedro II, s/n, Cidade Velha.

PRAÇA BATISTA CAMPOS: A Praça Batista Campos localiza-se na cidade de Belém, no estado do Pará, no Brasil.No século XIX, o terreno pertencia a Maria Manoela de Figueira e Salvaterra, sendo por isso conhecido como “Largo da Salvaterra”. Com a morte da proprietária, as terras passaram a pertencer à Câmara Municipal de Belém, passando a chamar-se “Praça Sergipe” em homenagem à nova província brasileira.Em 1897, durante o governo do intendente Antônio Lemos, a praça passou a homenagear um dos principais personagens da Cabanagem: Cônego Batista Campos, morto em 1834. Na época o terreno era um largo singelo com algumas mangueiras e um canteiro central. Três anos depois, quando foi inaugurada em 14 de fevereiro de 1904, já era uma das praças mais belas de Belém.Obedecendo ao plano “jardins sem grades”, a praça possuía quatorze entradas. Mais tarde os calçadões da Praça receberam revestimento de mosaico português com motivos marajoaras. A praça possui coreto, cursos d'água com pontes e está jardinada com árvores nativas. A Praça Batista Campos foi tombada pelo município em 1983. Em 1986, ganhou novos equipamentos e passou por uma restauração buscando características perdidas no início do século XX, durante a primeira reforma.Desde 1997, a Associação dos Amigos da Praça Batista Campos (AAPBC) também ajuda a preservá-la.Em 2005, ganhou o "Prêmio 100 Mais Brasil", da Revista Seleções, como a mais bela praça do país.Em 2008, a praça passou por uma grande restauração coordenada pela empresa Engetower Engenharia, ganhando um ar mais moderno e organizado, porém mantendo suas principais características, como seu ajardinamento sem grades, plantas ornamentais, córregos, pontes, bancos, caramanchões, chafariz e coretos de ferro

PRAÇA DA REPÚBLICA: No início era o Largo da Campina, um imenso terreno descampado que ficava entre o bairro da Campina e a estrada que levava à ermida de Nossa Senhora de Nazaré. Depois, no século XVIII, lá foi construído um imenso armazém para se guardar pólvora, traçando-lhe o nome para Largo da Pólvora. Uma forca foi erguida, mas não há registro de nenhum enforcamento. O que se sabe é que o espaço era usado para sepultar, em cova rasa, escravos e pobres.Em homenagem ao imperador, lhe deram o nome de Pedro II, mas continuava sendo um grande terreno descampado. Em 1850, até plantaram algumas árvores, mas de forma desordenada. Com a inauguração do Theatro da Paz, em 1878, houve uma urbanização, também modesta. Seu nome definitivo veio com a troca de regime: ”Praça da República”.O governador Justo Chermont idealizou a construção de um monumento em homenagem à república em 1889. A pedra fundamental foi colocada no ano seguinte, mas foi um concurso que decidiu a forma do monumento. A vencedora foi Michele Sebastiano.Inaugurado em 15 de novembro de 1897 e, todo em mármore da carrara, o Monumento tem 20 metros de altura. A estátua é de uma mulher, representando o regime democrático, com um ramo de oliveira na mão, simbolizando a paz. O gênio alado, sobre o primeiro degrau da obra apoiado num leão, ergue o estandarte da república gritando: “Liberdade!”. Simbolicamente, trata-se do progresso nacional apoiado sobre a força do novo regime que levanta a Liberdade.Do outro lado do degrau, a História, sentada sobre vários livros, registra, em uma folha em branco de um grande volume, a data da proclamação da república. Dois pequenos gênios erguem os escudos da “Probidade” e da “União”. As quatro placas em homenagem a Floriano Peixoto, José Bonifácio, Tiradentes e Beijamim Constant foram anexadas ao monumento na segunda gestão de Abelardo Conduru.A primeira tentativa de urbanização da Praça foi em 1801, com o intendente de Belém, Arthur Índio do Brasil. Ele fez o calçamento nas suas avenidas, acimentou os passeios, colocou chafarizes e bancos e ajardinou as alamedas.Porém, foi Antônio Lemos, em 1878, que fez a Praça da República merecedora do título “belíssima”. Lemos fez sérias críticas ao projeto urbanístico da praça no relatório ao conselho de intendência municipal. Chamou o ajardinamento do local de “aleijão da arte de floricultura com canteiros de mais de um metro de altura, alinhados perpendicularmente, com simetria fadigante, que irritavam a transeunte mais calmo”. Ele modificou completamente a aparência do logradouro, trocando, inclusive, a pavimentação das ruas que limitavam a praça por paralelepípedosDurante o governo de Virgínio Mendonça, foi construído dois pavilhões na praça, o maior hoje é o Teatro Waldemar Henrique; o menor abriga a Escola de Arte da Universidade Federal do Pará. Hoje a praça da República torna-se o palco ideal de grandes comemorações como o Círio de Nazaré, Parada Gay de Belém. Nos outros 362 dias do ano, é o lugar ideal para passear com a família, encontrar os amigos ou namorar.

ESTAÇÃO DAS DOCAS: A Estação das Docas é um complexo gastronômico e cultural localizada em Belém do Pará que foi inaugurada em 13 de maio de 2000.O espaço dos Boulevares é resultado de um cuidadoso trabalho de restauração dos armazéns de produtos do porto da capital. Os quatro galpões de ferro inglês são um exemplo da arquitetura característica da segunda metade do século XIX. Hoje, eles são revestidos de vidro, proporcionando ao visitante uma agradável iluminação natural e revelando um espetacular cenário amazônico.Os guindastes externos para movimentação de carga foram fabricados nos Estados Unidos, no começo do século XX. Aposentados de sua função original, receberam iluminação cênica, dando um suave toque de charme e sofisticação. Outro detalhe histórico interessante é uma máquina a vapor, localizada na entrada da Estação. Nos idos de 1800, essa máquina fornecia energia para os equipamentos que eram operados no porto.A Estação também reapresentou aos paraenses e turistas outro patrimônio histórico e cultural: as ruínas do Forte de São Pedro Nolasco, onde foi construído um Anfiteatro. Originalmente uma construção de defesa erguida em 1665, o Forte foi destruído após o Movimento da Cabanagem, em 1825, e revitalizado para a inauguração da Estação, passando a servir como palco de apresentações musicais, performances e teatro.Fotos de pessoas que vieram à Belém na época da inauguração do porto são exibidas na Estação. Reproduzidas em tamanho natural, dão ao visitante a derradeira impressão de uma viagem pela cultura e pelo tempo. E para completar o passeio pela história, o piso da orla é todo em paralelepípedo, reproduzindo as ruas do antigo centro histórico de Belém.E na Estação, a música flutua suavemente sobre os visitantes, no projeto Música no Ar, desenvolvido nos inovadores Palcos Deslizantes. O sistema é resultado da revitalização de uma estrutura metálica centenária. Nos antigos galpões do porto de Belém, a engrenagem funcionava como transportadora de carga. Hoje, dá um toque inédito ao espaço, onde ocorrem mais de 130 apresentações mensais, valorizando sempre os músicos da terra.Ao lado da história, o contemporâneo. A Estação tem seis restaurantes, uma choperia, lojas e quiosques de artesanato, salão de beleza, salas multi-uso para realização de eventos, agência de câmbio, de viagem e bancos 24 horas, além de sorveteria e produtos regionais, há, ainda, exposições permanentes com a história do porto e arqueologia urbana, cinema, teatro e salas para eventos. Tudo isso palco de uma intensa programação cultural de shows, exposições, seminários, e filmes.Possui 500 metros de orla fluvial, urbanizada e dividida entre os armazéns e o antigo galpão Mosqueiro-Soure, numa área de 32 mil m².A Estação, assim também conhecida, possui um moderno terminal fluvial, o Amazon River, com ancoradouro flutuante, capaz de aportar até 4 embarcações de 70 pés. Diariamente são realizados diversos passeios fluviais pela orla e ilhas de Belém, partindo do Amazon River.Armazém 1, Boulevard das Artes, funcionam os memoriais que guardam a história do porto de Belém e do Forte de São Pedro Nolasco, contendo também uma galeria de arte, uma cervejaria artesanal, barracas de artesanato, quiosques de comidas regionais e café, bares e lojas de serviços. No Armazém 2, Boulevard da Gastronomia, estão os seis dos melhores restaurantes da Capital paraense e uma sorveteria com sabores de frutas regionais. No Armazém 3, Boulevard das Feiras e Exposições, há um hall para grandes eventos e o Teatro Maria Sylvia Nunes, que hoje é Teatro-cinema com sofisticados equipamentos de projeção.  Estação das Docas tem também projetos culturais, como, Projeto Pôr-do-Som, Teatro ao Pôr-do-Sol, A Casa do Catalentas, Projeto Música no Ar e o Projeto Palco Livre.

MUSEU PARAENSE EMILIO GOELDI: O Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) foi criado em 6 de outubro de 1866, em Belém (Pará, Brasil) pelo naturalista Domingos Soares Ferreira Penna, sendo a mais antiga instituição de pesquisas da região Amazônica. Ao longo de sua história centenária, acumulou importantes coleções botânicas, zoológicas, paleontológicas, mineralógicas, arqueológicas, etnográficas e bibliográficas. O "Museu Goeldi" possui três bases físicas: o Parque Zoobotânico, criado em 1895; o Campus de Pesquisa, instalado em 1979; e a Estação Científica Ferreira Penna, inaugurada em 1993.O Parque Zoobotânico é atualmente uma das principais áreas de lazer da população de Belém, além de ser utilizado como instrumento de educação ambiental e científica. Possui cerca de 2.000 árvores de grande porte e 600 animais. Possui, ainda, um aquário com uma mostra de peixes e ambientes aquáticos amazônicos e uma exposição permanente sobre Emílio Goeldi e as primeiras coleções formadas pelo naturalista. O Parque recebe mais de 200 mil visitantes anualmente.O parque do museu reúne importantes árvores nativas da região, como samaúma, acapu e cedro, e muitas espécies ameaçadas de extinção, como o peixe-boi, a arara-azul, o pirarucu e a onça pintada.O Campus de Pesquisa do MPEG reúne as coordenações científicas (Zoologia, Botânica, Ciências Humanas e Ciências da Terra e Ecologia), a Biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna, o Arquivo Guilherme de La Penha, o Horto Botânico Jacques Huber e vários laboratórios institucionais. Reconhecido mundialmente como um dos mais importantes institutos de investigação cientifica da Amazônia, dedicado ao estudo da flora, da fauna e do homem amazônico e do seu ambiente físico.A Estação Científica está localizada na Floresta Nacional de Caxiuanã, no município de Melgaço, a aproximadamente 400 km de Belém. Possui 300 mil hectares, com aproximadamente 200 famílias vivendo no interior da floresta e arredores. A Estação possui excelente infra-estrutura para o desenvolvimento de pesquisas em ambientes de floresta primária.O "Museu Goeldi" nasceu com a finalidade de ser uma instituição de pesquisa de excelência na região amazônica, com a responsabilidade de formar acervos científicos, documentar e difundir conhecimentos. Suas atividades de difusão científica objetivam disseminar e divulgar os conhecimentos científicos produzidos sobre a Amazônia, e um esforço para fazer do intercâmbio pesquisa-comunidade um eixo importante na contribuição do saber científico para a melhoria da qualidade de vida da população.

PARQUE DA RESIDÊNCIA: O Parque da Residência localiza-se na cidade de Belém, no estado do Pará, no Brasil.Residência oficial dos governadores do estado a partir de 1934, teve como primeiro morador Magalhães Barata. Mas o prédio já havia sido lar dos governadores Enéas Martins (1913-1917) e Lauro Sodré (1917-1921). O lugar que presenciou grandes decisões administrativas agora é a sede da Secretaria Executiva de Cultura (SECULT)do estado do Pará.Caminhando ao longo da Passagem das Icamiabas chega-se à Estação Gasômetro. Sua antiga estrutura de ferro pertenceu à Companhia de Gás do Pará. Mas desde 1997, abriga um teatro com 400 lugares e um espaço privilegiado para eventos diversos. O Anfiteatro também é uma boa opção para quem quer assistir peças de teatro ou apresentações musicais ao ar livre, ou ainda, simplesmente, sentar e aproveitar a paisagem.Na Praça do trem um vagão de trem da antiga estrada de ferro Belém-Bragança, que tantas vezes transportou o governador Magalhães Barata pelo interior do estado, agora permite ao visitante do parque aproveitar o clima de “Belém-província” ao melhor sabor da terra: em forma de sorvetes. E o melhor da culinária pode ser encontrado no Restô do Parque.A Sociedade Paraense de orquidófilos, criada em 1962, tem sua sede no Parque da Residência. O Orquidário do parque, com mais de 400 espécies, é símbolo da beleza exótica da região. Outra tração é o Coreto Pavilhão Frederico Rhossard, uma homenagem ao poeta paraense. E na Praça das águas, a estátua do também poeta paraense Rui Barata, olha pensativa para o parque segurando eternamente o livro “O nativo de câncer”.A pavimentação de pedras portuguesas por todo o parque, as luminárias de ferro, as estátuas de belas mulheres cobertas de tecido delicado, o palacete do início do século XX, o Coreto, o orquidário. Tudo isso, ao som de araras, periquitos e outros pássaros da região, tornam o Parque da Residência um pedaço de uma outra Belém. Um retalho do sonho urbanístico do início do século passado em pleno centro da cidade.Em 1903, Antônio Lemos dizia: “Há quem atribua a tendência de luxo à abertura de avenidas, à manutenção de jardins urbanos e a construção de parques em pleno centro da cidade. Faze-me pena esses ignorantíssimos doutrinadores..”.Felizmente, Magalhães Barata concordava com Antônio Lemos. A isso devemos o charmoso Parque da Residência.

PALACETE PINHO: O Palacete Pinho, localizado em Belém do Pará, é considerado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como um dos exemplares mais característicos que marcaram, nos fins do século XIX, o ápice econômico proveniente do Ciclo da Borracha. Desde o início da sua ocupação pela família do Comendador José de Pinho, responsável por sua construção, foi palco de constantes manifestações culturais. Segundo o estudioso Correia Pinto, "não havia ali fronteiras de nenhuma espécie: nem políticas,nem estéticas, nem religiosas, nem raciais".Adotando um partido arquitetônico comum em Portugal nos séculos XVII e XVIII, mas raro no Brasil, que vem da influência dos palácios e vilas italianas do século XVI.Sua planta é em "U", sendo o pátio aberto na frente, uma proposta barroca, é limitado por uma grade como nos similares portugueses. A linguagem dos vãos, que no primeiro pavimento são em arco pleno e no segundo vergas retas, encimadas por frontões triangulares e curvilíneos, se harmonizam com o revestimento de azulejos e com os lambrequins da parte mais elevada do prédio (a camarinha). A falta de recursos dos herdeiros para preservá-lo, levaram à sua venda, em 1978.

MERCADO DE SÃO BRAS: Mercado nasceu para descentralizar abastecimento.O mercado foi construído no início do século XX, em função da grande movimentação comercial gerada pela ferrovia Belém/Bragança.Como o ponto final do trem era em São Brás, com muitas pessoas embarcando e desembarcando ali, a área se tornou atrativa para a comercialização de produtos.Na mesma época, o intendente Antônio Lemos estabeleceu uma política de descentralização do abastecimento da cidade. Até então concentrado no Ver-o-Peso, o abastecimento começou a ser expandido para os bairros, a exemplo do que ocorreu em São Brás.Por causa das boas vendas, o entorno também foi ocupado por comerciantes que logo transformara o espaço em uma feira.O mercado de São Brás foi inaugurado no dia 21 de maio de 1911. A obra original é do engenheiro Filinto Santoro, também responsável por outras construções de destaque em Belém como o colégio Gentil Bittencourt.Após reformas, o mercado ganhou anexos e, atualmente, abriga 633 equipamentos, dentre barracas, lojas, boxes, talhos e tanques. Lá trabalham cerca de 400 feirantes nos mais variados setores.

PALACETE BOLONHA:O Palacete Bolonha e sua vila são um dos maiores exemplos da intensa urbanização de Belém, no período da borracha, ao final do século XIX e início do século XX. Por volta de 1905, o engenheiro Francisco Bolonha iniciou a construção do Palacete que lhe serviu de residência, e da vila, onde moravam outros membros da família. Um presente do engenheiro Francisco Bolonha para a sua esposa Alice Tem-Brink, em 1905, hoje faz parte do patrimônio histórico da cidade. Construído com os diferentes materiais utilizados na época, tem um estilo eclético, o prédio demonstra a preocupação das elites locais com o luxo e com o belo, símbolos da modernidade e da almejada civilização. Nele encontramos art-noveau, elementos neoclássicos, góticos barrocos. A cobertura foi feita à "la Masard", com telhas pintadas de forma a proporcionar um bonito jogo de cores à distância.Francisco Bolonha nasceu em Belém, em 22 de outubro de 1872. Iniciou seus estudos na mesma cidade, mas cursou Engenharia na Escola Politécnica, no Rio de Janeiro. Em 1900, visitou a França e foi bastante influenciado pela arquitetura parisiense.O engenheiro Francisco Bolonha foi contratado pela Intendência Municipal (Antônio Lemos) e pelo Governo do Estado (Augusto Montenegro) para construção de obras marcantes na cidade: Mercado de Carne "Francisco Bolonha"; Bar do Parque; Palacete Júlio Andrade (Gov. José Malcher / com Joaquim Nabuco; Complexo de Fornecimento de Água no Utinga / Lago Bolonha; Prédio do Jornal "Folha do Norte" - hoje "O Liberal"; Reservatório "Paes de Carvalho", popularmente conhecido como "Três Panelas Vazias" (1º de março com Rua Ó de Almeida, demolida).


BELÉM - CENTRO DE LAZER E CULTURA: BELÉM É UMA CIDADES ONDE TODOS OS SENTIDOS SÃO AFLORADOS, COMO A MATÉRIA ABAIXO DESCREVE RETIRADA DO SITE GUIA DA GRANDE BELÉM, IDEALIZADO PELO EMPRESÁRIO VISIONÁRIO MAURO BONNA.

Belém de cheiros, sons e gostos.


A peculiaridade de uma cidade está em seu paladar, nos sons que se emite das caixas das rádios-cipó e no cheiro característico. Basta um passeio pelo maior cartão postal de Belém, o Ver-o-Peso, e sentir tudo o que a capital paraense tem a oferecer,desde as bancas que vendem ervas da região, do carimbó e tecnobrega emanados das caixas de som espalhadas pelos postes, assim como no vai-e-vem de peixes e o cheiro que nos confere a aura de Veneza Brasileira. Belém é feita de cheiro, gosto e música própria.

Às margens da Baía do Guajará, o Ver-o-Peso costuma ser o primeiro ponto de referência turística de quem aporta em Belém. O complexo do Ver-o-Peso abraça o mercado de peixes e carnes, mas a região toda, desde os arredores, praças e ruas próximas, são consideradas parte do Ver-o-Peso, a maior feira livre da América Latina. Feira onde o aroma e o sonoro se encontram dando vida ao que antes era apenas uma imagem nas mãos de turistas.

O Ver-o-Peso entra como o personagem principal de um enredo feito para sintetizar a cultura paraense. Pelas barracas localizadas na parte externa do mercado de ferro - que tem estrutura vinda da Inglaterra - temos um exemplo dessa cultura de cheiros nas ervas usadas tanto para a culinária quanto para o preparo de mandingas. Encantarias e 'remédios' para todos os males são uma atração a parte, feitas pelas mandingueiras que criam 'porções mágicas' a partir da mistura de ervas e perfumes

O cheiro e o paladar caminham de mãos dadas, mesmo que as ervas tenham finalidades distintas e que algumas misturas recebam nomes exóticos, como 'chora-aos-meus-pés', 'pega-não-me-larga' e 'chegate-a-mim'. Catinga-de-mulata, Piprioca e Patchouli são outros tipos de ervas encontrados para comercialização na região. O Patchouli, por exemplo, é a erva que remete de imediato a um cheiro tipicamente paraense, com seu óleo retirado das folhas secas da planta e usado para afastar coisas negativas. Ele entra, por exemplo, no mesmo caldeirão que prepara o famoso banho-decheiro usado na época junina, que ainda leva uma série de ervas - todas encontradas facilmente no mercado - como Pataqueira, Manjericão, Esturaqui, Chama, Catinga de Mulata, Vinde-Cá-Pajé, Trevo do Mar, Trevo São João, Trevo Pumarú, Cipó-Uíra, Cipó Catinga, Curimbó, Alecrim D'Angola e Abre Caminho.
Os potes de vidro que guardam as ervas vendidas também imprimem um carnaval de cores que contribui para a formação dessa identidade paraense, cheia de tons fortes e únicos, tal qual a cor do açaí, que é uma especiaria que o Brasil todo já conhece, mas só o paraense vê freqüentemente sua cor: uma mistura entre vinho e marrom.

Tirado do açaizeiro, o açaí é colhido por ribeirinhos e, para ser consumido, é despolpado em máquina própria ou amassado com as mãos para que a polpa se solte e se misture com água. É quando ele se transforma em um suco grosso pronto para o consumo. No Pará, a maneira tradicional de se tomar açaí é gelado, com farinha de mandioca ou tapioca. Há quem prefira fazer um pirão com farinha e comer com peixe assado ou camarão. Em outras regiões do país, o açaí é preparado da polpa congelada batida adicionada ao xarope de guaraná, granola e outros ingredientes que causam arrepio aos paraenses. Além do açaí, que já saiu de Belém para trilhar o caminho da fama, a Castanha-do-Pará também saiu do Pará direto para o mundo, em países de língua inglesa é conhecida como Brazilian Nuts. Pela população local ela é consumida naturalmente, torrada ou como farinha, doces e sorvetes.

Outros ingredientes da cozinha paraense, como o jambú, o tucupi e a maniva também desfilam por barracas do Ver-o-Peso, que entram no preparo da maniçoba e pato no tucupi, além de doces e sucos feitos de frutas como cupuaçu, manga, taperebá, uxí, graviola, bacuri e muruçi.

No final do passeio, é hora de prestar atenção no que sai das caixas de som. Entre a música popular que corre na programação das rádios-cipó, a música tipicamente paraense tem vez em rodadas de tecnobrega e calypso, mas sempre dando vez à música de raiz.

Se o Brasil conhece o carimbó, o brega e a lambada, o Pará é o responsável. Berço de estilos originais como a guitarrada e o carimbó, o Pará colocou no mesmo caldeirão influências da música negra, européia e indígena. A miscelânea deu origem a um ritmo que influenciou a lambada e o zouk: o carimbó, que a partir do curimbó (tambor que originou o nome do estilo), palmas e estalos de dedos que incorporam sua base, tem como seus maiores representantes Mestre Verequete, Pinduca e Chico Braga. Do carimbó surgiu a dança siriá, considerada uma expressão impetuosa de amor, de sedução e de gratidão.

Com a modernização do carimbó, instrumentos de sopro e instrumentos elétricos como a guitarra, foram adicionados ao ritmo. E foi do carimbó que surgiu a guitarrada, numa fusão com choro, cúmbia e jovem guarda, de onde, posteriormente, nasceu a lambada. Aldo Sena, Mestre Vieira e Curica, os Mestres da Guitarrada, foram os representantes da baladação cult que o estilo recebeu pelo Brasil. Chimbinha, guitarrista da Banda Calypso, é um seguidor do estilo da guitarrada e a adicionou junto ao calypso de sua banda. Os outros grandes nomes da atualidade são Pio Lobato e a banda La Pupuña.

Os elementos que se encontram na música, culinária, cheiros e cores formam uma Belém peculiar, de apelo sonoro irresistível, gosto único e cheiros exclusivos. E um passeio pelo Ver-o-Peso pode apresentar tudo isso.

VEJA AGORA LOCAIS PARA SE DIVERTIR EM BELÉM:

COMPRAS:

Shopping Pátio Belém

Endereço/Address:Tv.Padre Eutíquio,
1078 - Batista Campos
Fone: (91) 4008-5800





Castanheira Shopping Center

Endereço/Address: Rod. BR-316, S/N -
Castanheira
Fone: (91)4008-8100





IT Center

Endereço/Address: Av. Senador Lemos,
3143 - Sacramenta
Fone: (91) 3201-2000

Boulevard Shopping Belém
Endereço/Address: Av. Doca de Souza Franco
Umarizal






Comércio de Belém
Endereço: Ruas, Santo Antonio, Joao Alfredo, 13 de Maio, Manoel Barata, Campos Sales, Padre Eutiquio e transversais.






Av. Braz de Aguiar
A av. Braz de Aguiar e suas transversais é o paraíso de compras
da cidade de Belém, é a "Oscar Freire" de Belém.

Pra Dançar, Beber e Petiscar:

A Pororoca
Endereço/Address Av.Senador Lemos,
3316 - Sacramenta
Fone: (91) 3233-7631

African Bar
Endereço/Address:Praça Kennedy,2 - Reduto
Fone: (91) 3241-1085

Déja Vù
Endereço/Address:Av.Governador José Malcher,
333 - Nazaré
Fone: (91) 3224-2448

New York
Endereço/Address:Tv.Almirante Wandenkolk,
247 - Reduto
Fone: (91) 3225-1313

Órbita Beer
Endereço/Address: Rua Boaventura da Silva,
s/n - Umarizal
Fone: (91) 3222-6223

Parilla
Endereço/Address:Av.Serzedêlo Corrêa,
1075 - Batista Campos
Fone: (91) 3223-8482
Vegas
Endereço/Address: Av. Doca de Souza Franco
 entre Municipalidade e Senador Lemos.

Louvre
Endereço/Address: R. Gaspar Viana
Próx. a Doca.

Açaí Biruta
Endereço/Address: Rua Siqueira Mendes,
58 - Cidade Velha

Bar do Parque
Endereço/Address: Rua da Paz, s/n, Praça
da República - Campina
Fone: (91) 9147-0594

Bar Favela

Endereço/Address: Av. Conselheiro Furtado,
s/n - Cremação
Fone: (91)3223-1040

Blitz Bar e Boate Escape
Endereço/Address:Av.Senador Lemos,242
- Umarizal
Fone: (91) 3222-8287

Baú Bistrô

Endereço/Address:Tv.Dom Romualdo,579
- Umarizal
Fone: (91) 3222-4976

Boêmio Cervejaria

Endereço/Address:Av.Visconde de Souza
Franco,555 - Reduto
Fone: (91) 3224-0075 

Café com Arte
Endereço/Address:Tv.Rui Barbosa,1437 -
Nazaré
Fone: (91) 3224-8630

Casa do Gilson
Endereço/Address: Tv. Padre Eutíquio,
3172 - Condor
Fone: (91) 3272-7306

Cosa Nostra Caffé

Endereço/Address:Tv.Benjamin Constant,
1499 - Nazaré
Fone: (91) 3241-1068

Dom Spetto

Endereço/Address:Tv.Três de Maio,1736 -
Nazaré
Fone: (91) 3249-6247
Dom Viscondi

Endereço/Address: Av. Visconde de Souza
Franco,1032 - Umarizal
Fone: (91) 3252-5155

Malícia Pub

Endereço/Address:Tv.Rui Barbosa, 375 -
Reduto
Fone: (91) 3224-3801

Relicário Bar

Endereço/Address:Tv.Bejamin Constant,
1321 - Nazaré
Fone: (91) 3224-8815

Mormaço

Endereço/Address: Pass. Carneiro da Rocha,
s/n,ao lado do Mangal das Garças - Arsenal
Fone: (91) 3223-9892

Porto Solamar

Endereço/Address: Rua Djalma Dutra,s/n -
Telégrafo
Fone: (91) 3244-4158

Amazon Beer

Endereço/Address:Boulevard Castilho França,
galpão1,s/n - Campina
Fone: (91) 3212-5401

Rota 316

Endereço/Address: Rod, Br 316, Km 1, s/n
- Castanheira
Fone: (91)3295-7042

Trânsito

Endereço/Address: Av. Senador Lemos,
222 - Umarizal
Fone: (91) 3222-6541

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